Em agenda internacional em Pequim, na China, nesta terça-feira (29), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reúne com representantes do Instituto de Pesquisa Econômica e Planejamento Ferroviário da China e da empresa CREC2, interessadas em investir na Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol).
O encontro representa um importante avanço no plano do Governo Federal de ampliar os investimentos em infraestrutura de transporte multimodal.
“Para o governo brasileiro e o presidente Lula é fundamental o investimento na infraestrutura e na logística a partir da utilização de vários modais, mas tendo como carro chefe o modal ferroviário. O objetivo central é não só atender o Brasil, mas integrar a América do Sul por meio da infraestrutura logística”, pontuou Rui Costa.
Os chineses já estiveram em terras baianas no último dia 16 de abril, para conhecer o canteiro de obras da Fiol em Ilhéus. Na ocasião, eles avaliaram o potencial das obras da Malha 1 da ferrovia.
A China deverá elaborar um novo estudo voltado à implantação do corredor, que pretende criar uma rota estratégica para o comércio entre os dois oceanos, ampliando as conexões comerciais entre a China e os países da América do Sul.
Obras paradas
As obras da primeira etapa da Fiol, entre as cidades de Caetité e Ilhéus, foram suspensas com 75% do projeto concluído. A informação foi confirmada no início de abril pela BAMIN, empresa responsável pela construção.
Segundo a companhia, o contrato com a construtora Prumo Engenharia foi “desmobilizado” na segunda (31), após um investimento de R$ 784 milhões.
O projeto da Fiol contra com três trechos, que vão totalizar 1.527 km de extensão, ligando o futuro Porto de Ilhéus à cidade tocantinense de Figueirópolis, com conexão à Ferrovia Norte-Sul.
A ferrovia promete ser um ponto importante de escoamento de milhares de toneladas de minério produzidos no sul da Bahia e dos grãos da região oeste.