Futuros correligionários, os deputados federais José Rocha (PR) e Ronaldo Carletto (PP) resolveram aparar as arestas no impasse sobre a indicação do PR para a chapa majoritária da candidatura do governador Rui Costa (PT) à reeleição. Em reunião antes do Carnaval, eles conversaram e chegaram a um acordo. A negociação foi confirmada pelo Bahia Notícias com fontes próximas aos parlamentares. Caso o PR tenha oportunidade de indicar alguém para o Senado na majoritária, esse alguém será Carletto, que está nas negociações finais para ingressar na legenda. No entanto, se cair nos colos da agremiação a indicação para vice-governador, o nome será o de Rocha. “Carletto disse: ‘O Senado eu não abro mão’. Zé Rocha entendeu, aceitou. Eles acham que é importante essa união no PR”, relatou à reportagem um nome do PP que acompanhou de perto a situação. Ainda segundo o apurado pelo BN, o acordo foi selado após o republicano, que atualmente é líder do PR na Câmara, externar vontade em estar na majoritária. Costurando a ida para o PR, Carletto quer chegar no partido com um destino certo: almeja disputar o Senado pela sigla e já publicizou suas intenções. A questão provocou insatisfação em Rocha, que, no partido há mais tempo, resolveu demarcar território e deixou claro para o presidente estadual da legenda, deputado federal José Carlos Araújo, também estar na corrida pela majoritária. Vontade que também tornou pública. Procurado pela reportagem, Carletto negou que tenha feito tratativas nesses moldes com o futuro correligionário. Segundo o baiano, qualquer conversa sobre sua ida para o PR só será intensificada agora, com a passagem do Carnaval. “Eu estou no PP. Zé Rocha é do PR. A gente não conversou nada sobre isso. Nós nos encontramos esporadicamente e não falamos nada sobre isso”, reforçou. Zé Rocha também negou que tenha selado algum pacto do tipo com Carletto. “Ele ainda não formalizou a intenção de ir para o partido. Certamente, ele vai decidir isso em março, quando abre a janela. Quando a decisão for tomada, haveremos de conversar”, explicou o líder republicano. Com o acordo, o PR parece ter pacificado uma questão capaz de gerar problemas internos futuros.

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