Foto: Bahia Notícias / Jade Coelho

A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Periperi apresentou, nesta sexta-feira (8), um homem acusado de manter a namorada de 18 anos e o filho dela, de apenas três, em cárcere privado, nos últimos oito meses. 

William Guimarães de Oliveira, de 28 anos, submetia a companheira a constantes espancamentos e sessões de tortura. O suspeito chegou a arrancar as unhas da mulher com os dentes e ficava sem alimentar a criança até por dois dias. Guimarães não é o pai do filho da vítima. 

A mulher conheceu o acusado por meio do WhatsApp. Eles tinham amigos em comum e moravam juntos após oito meses de relacionamento. O caso foi descoberto após a vítima conseguir enviar uma mensagem para a mãe por meio de aplicativo de mensagens. A mãe da vítima acionou a Deam após receber a mensagem. Guimarães impedia a mulher de ter acesso a criança. Cada um ficava em um cômodo da casa. Diante da situação, ela chegou a tentar suicídio.

“Ela estava assustada, com medo. Não queria contar o que aconteceu, com a unha arrancada e com espancamentos todos os dias. Era obrigada a fazer sexo com o acusado”, relatou a delegada Simone Moutinho, titular da Deam de Periperi. 

A criança, filha da vítima, não sofria abusos sexuais, mas era, de acordo com a delegada, usada pelo acusado para se vingar da mulher. Os dois eram mantidos em um endereço no Jardim das Margaridas, em Salvador, desde o mês de novembro. Segundo apurado pela Polícia Civil, eles mudavam de endereço sempre que vizinhos começaram a estranhar o fato da mulher não sair de casa. O homem trabalhava como garçom e barman esporadicamente, mas a polícia desconfia que ele também atuava em assaltos. William contabiliza passagens pela polícia por roubo.

“Espero que esse caso seja exemplo para tantas mulheres que estão encarceradas e sendo torturadas para que possam fazer a denúncia e salvar vidas”, declarou Moutinho. O homem irá responder por cárcere privado e crime de tortura. 

Fonte: Bahia Notícias

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