Tensão com PMs cria 'cenário para estado de sítio'; bolsonaristas semeiam caos, diz pesquisador
Foto: Camila Souza/GOVBA

O pesquisador e presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, considera um “cenário delicadíssimo” que o país acaba chegando após a morte de um soldado da PM-BA em “surto psicológico” que foi baleado por colegas na Barra, em Salvador, neste domingo (28).  O episódio está sendo usado por políticos e influenciadores bolsonaristas para semear o caos, alerta Renato em reportagem do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

O especialista, que também é professor na FGV, em São Paulo considera grave a situação.  “É muito grave a tentativa de transformar um episódio dos mais complexos na atividade policial, o atendimento de ocorrência envolvendo pessoa armada em surto psicótico, em rinha de briga eleitoral”, afirma argumentou.

O soldado Wesley Soares, lotado na 72º Companhia Independente de Polícia Militar de Itacaré, chegou armado de fuzil e com o rosto pintado para um ato político num dos principais pontos turísticos da capital baiana na tarde de domingo. Ele foi alvejado depois de horas de negociação, quando atirou contra os colegas.

“Eu tenho alertado para os riscos que o bolsonarismo nas PM traz para o país faz mais de um ano. E o episódio desta madrugada mostra que os controles são precários e qualquer erro de cálculo pode jogar o país no caos, o cenário perfeito sugerido pelo presidente para a decretação de estado de sítio”, complementa o pesquisador, que acusa alguns dos mais destacados políticos bolsonaristas de ajudar a semear o pior cenário.

“A meu ver, os deputados federais Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Carla Zambelli [todos do PSL] estão tentando aumentar as fissuras que os dois anos de gestão Bolsonaro já provocaram no jogo democrático, e uma hora a represa rompe”, afirma Renato Sérgio de Lima.

Fonte: Bahia Notícias

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