Ministério da Saúde perde 25,7 mil servidores durante a pandemia
Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde perdeu parte dos seus servidores durante a pandemia. Um em cada 10 funcionários deixou de trabalhar na pasta entre março de 2020 e março deste ano. No período, o quadro de pessoal do órgão teve perda líquida de 21,4 mil temporários e 4,3 mil servidores efetivos, mostra reportagem do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Os dados constam no Painel Estatístico de Pessoal.

A quantidade total de funcionários temporários no Ministério da Saúde caiu de 90.257, em março de 2020, para 63.181, no mesmo mês de 2021, traz a reportagem. A redução foi de 30%. Entre os efetivos na ativa, aqueles que têm estabilidade, a redução foi de 5,3% no período. O quadro total passou de 80,8 mil para 76,5 mil.

“Historicamente, o Ministério da Saúde tem uma defasagem de pessoal importante. Essa diminuição é um ponto de atenção, porque é um ministério estratégico, que precisa estar sempre nas melhores condições para realizar suas atividades”, avalia o coordenador do Laboratório de Inovação e Estratégia em Gestão Pública da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Isidro.

Para ele, há duas grandes forças em ação que levam à saída de funcionários temporários do MS. A primeira é o cenário de restrição fiscal, que tem um impacto forte nos contratos dessa força de trabalho. “O segundo fator é a própria pandemia, que aumentou a demanda por profissionais de saúde, e muitos foram trabalhar em outros lugares”, destacou.

O levantamento mostra que a maior dispensa líquida entre os temporários aconteceu entre agentes de saúde pública. Foram 5,4 mil funcionários a menos no período. Esses profissionais atuam diretamente em contato com a população, visitando famílias para monitorar as demandas de saúde de cada indivíduo.

Em seguida, estão os agentes de combate a endemias, cuja diminuição foi de 4,5 mil pessoas. Uma quantidade semelhante de guardas de endemia temporários também saiu do Ministério da Saúde no mesmo período. Ambas as categorias atuam na luta contra doenças como dengue e malária, auxiliando no controle do mosquito transmissor da doença, entre outras tarefas.

Fonte: Bahia Notícias

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