A realização do Carnaval de 2022 em Salvador segue sendo tema de debate. O vereador Cláudio Tinoco (UB/DEM) mostrou insatisfação com a sinalização do governador Rui Costa (PT) em não anunciar a realização do evento. Tinoco apontou, nesta quarta-feira (3) para a falta de debate sobre o evento e uma possível “situação de inviabilidade” para os empresários que atuam na festa.
“A Câmara estará ao lado do governador e do prefeito sobre essa decisão. A gente buscava, numa casa pluripartidária [Câmara de vereadores], inclusive por onde o governador passou, mas pedimos diálogo. A perspectiva [da realização da festa] ajuda no avanço da vacina. Por outro lado, o governador deu uma declaração que vai de encontro com essa perspectiva. Não há uma perspectiva para oferecer ao setor privado trabalhar com seus conteúdos. Com isso, não há de fato interesse algum, com uma decisão política e para desconstruir um debate com uma esfera que tem papel importante. O governador é o responsável por toda essa cadeia cultural ser colocada numa situação de inviabilidade”, disse ao BN.
Mais cedo, Rui comentou que “gostaria de anunciar” o Carnaval, porém, não poderia fazê-lo. “Em 45 dias, os números não caem! Precisamos de cautela e paciência. Sei que estamos cansados, mas não anunciarei medidas que possam fazer a Bahia entrar em um novo surto de coronavírus”, disse.
“Me preocupa muito o relaxamento na prevenção à Covid19. O número de contaminados e pessoas internadas não cai na Bahia há mais de 45 dias, ou seja, o coronavírus continua circulando entre os baianos. A Europa enfrenta um novo surto em alguns países. O perigo continua. Mais uma vez, eu entendo o cansaço de todos, mas a medida que alguns gestores tomaram de suspender o uso de máscaras é precipitado e só aumenta o número de contaminações. Enquanto os números continuarem se comportando desta forma, as medidas de prevenção também permanecerão”, finalizou o governador.
PERMANÊNCIA NO UNIÃO BRASIL
Tinoco também garantiu que a tendência é de permanência na União Brasil. O vereador apontou que, em razão da abertura da janela partidária, em razão da fusão entre partidos, deve-se dialogar sobre o destino.
“É a tendência. Sou líder do Democratas na Câmara. Sou favorável ao movimento de fusão. Por outro lado, abre do ponto de vista legal, para analisar o estatuto, para continuidade ou não. O prazo se abre com a oficialização. No meu caso estarei, muito provavelmente, em ano eleitoral. Essa janela abre uma perspectiva para dialogar”, comentou.
Fonte: Bahia Notícias
