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Governo Federal anuncia investimento de R$ 6 bi para retomada de hidrovia no São Francisco

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Depois de onze anos paralisado, o projeto de reativação de um dos mais antigos e importantes corredores logísticos fluviais do país, a navegação no Rio São Francisco, volta a ganhar fôlego. O governo federal anunciou, na sexta-feira (13), investimentos de mais de R$ 6 bilhões, oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e do Fundo da Marinha Mercante, para a retomada do projeto.

A previsão é que até 2030 toda a infraestrutura de navegação ao longo do São Francisco seja revitalizada, podendo movimentar até 5 milhões de toneladas de carga anualmente.

“Essa é uma pauta muito importante para o desenvolvimento do Nordeste, será muito estratégico para o desenvolvimento de toda a região. Em junho vamos assinar a delegação à Companhia das Docas do Estado da Bahia e iniciaremos os estudos técnicos ao lado da Infra SA”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em Petrolina (PE), ressaltando a importância da obra para a economia da região e integração dos estados nordestinos.

“A Nova Hidrovia do São Francisco representa mais um avanço para a logística nacional, integrando regiões e promovendo um transporte mais limpo, eficiente e competitivo”, afirmou o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Dino Antunes.

A hidrovia no trecho navegável do São Francisco, que tem 1,3 mil quilômetros, beneficiará mais de 300 municípios, nos estados de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Distrito Federal, Pernambuco e Bahia, entre Pirapora (MG), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Ela poderá transportar cargas como insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal.

A obra prevê diversas intervenções técnicas para possibilitar a navegação, como dragagem para retirada de sedimentos e de formações rochosas que impedem ou dificultam a passagem de embarcações, instalação de sinalização náutica para o tráfego fluvial, além de construção de terminais hidroviários em pontos estratégicos ao longo do percurso.

Entre 2010 e 2014, o São Francisco movimentou cerca de 14,6 milhões de toneladas de carga, mas, devido ao severo assoreamento do leito e à vazão reduzida para 1.100 m³/s, que impossibilitou a navegação, a única empresa em operação à época, especializada no transporte de caroço de algodão, suspendeu o uso da hidrovia.

A reativação da hidrovia é estratégica para o agronegócio, mineração e logística de exportação na região, atendendo ao escoamento da produção de grãos e algodão no cerrado do oeste da Bahia e sul do Piauí, além da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco.

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