O governo Temer ameaça cortar o abono salarial caso a reforma da Previdência não seja aprovada pelo Congresso Nacional.

O ministro se mostrou otimista em relação à aprovação, mas reconheceu que, caso não se concretize, medidas como a suspensão do abono salarial podem ser tomadas. O benefício, no valor de até um salário mínimo, é pago uma vez por ano a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês. O custo anual para as contas públicas é de aproximadamente R$ 20 bilhões.

Ressalvando que o eventual corte do abono é uma “discussão teórica”, o ministro disse o seguinte na terça-feira (24): “Não há dúvida de que, se porventura não for aprovada a reforma da Previdência, outras medidas terão que ser tomadas”.

De acordo com Meirelles, se nada for feito, daqui a alguns anos o porcentual do Orçamento que passa ser ocupado pela Previdência será cada vez maior, tornando o governo, em última análise, inadministrável. “Portanto, temos aí a inevitabilidade de que despesas deverão ser cortadas. O problema é que mais de 70% do total das despesas são definidos pela Constituição. Então teremos que enfrentar medidas constitucionais”, disse.

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