A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou para o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro as três representações do PT, PDT e PSOL contra a Globo e o presidente do grupo, Roberto Irineu Marinho.

Os partidos pedem que o grupo seja investigado pelos crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro, decorrentes do suposto pagamento de suborno em contratos para a transmissão de eventos esportivos.

As representações foram feitas com base na denúncia de que a empresa teria subornado a Fifa para fraudar concorrência e firmar contratos para a transmissão das Copas do Mundo de 2016 e 2030.

O empresário argentino Alejandro Burzaco disse à Corte Judicial de Nova York, no processo que envolve ex-dirigentes da Fifa, Conmebol, CBF e outras federações acusados de receber propina para subfaturar a venda de direitos de transmissão de eventos esportivos.

No Rio, a procuradoria vai decidir se abre investigação sobre o caso. A emissora nega irregularidades e disse que não pode comentar o assunto por não ter sido notificada ou informada oficialmente.

Burzaco disse que além da Globo, a Fox Sports, Televisa, Media Pro, e a empresa Traffic, do brasileiro J. Hawilla, sócio da Globo, também pagaram propina por direitos de transmissão de jogos.

“Embora a corrupção privada ainda não seja crime no Brasil, a investigação dos fatos narrados por Burzaco se justifica na medida em que pode revelar a prática de outras condutas tipificadas pela legislação penal brasileira, em especial, crimes tributários, crimes contra a ordem econômica, lavagem de dinheiro e crimes concorrenciais”, argumentaram os partidos na denúncia feita à PGR.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi acionado pelos partidos, que pediram para a Globo ser investigada por suposto crime de ordem econômica, ao dificultar a participação de outras emissoras no processo de concorrência.

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