“Se o índio não defender índio, o branco é que não vai. O branco não vai chegar e falar: ‘Pode deixar que a gente defende vocês’. Por isso que a gente tem que ter coragem”. A frase foi dita pelo cacique da etnia Xavante Agnelo Temrite durante uma reunião de pré-candidatos indígenas em Brasília e resume, de certa maneira, o atual estágio do movimento indígena brasileiro.

Acuados pela paralisação das demarcações de terras e por projetos como a liberação da mineração em suas áreas, indígenas se articulam para aumentar o tamanho da sua bancada no Congresso e nos parlamentos estaduais de todo o Brasil.

A meta é pular de uma para quatro representantes na Câmara dos Deputados e eleger oito parlamentares estaduais. Para isso, a estratégia engloba a montagem de chapas viáveis eleitoralmente e a adoção de um discurso que amplie o eleitorado potencial de candidatos indígenas. Entre as principais pautas estão: retomada do processo de demarcação e fim do garimpo ilegal em suas terras.

Os planos para a ampliação da bancada indígena no Parlamento brasileiro foram alvo de intensas discussões durante o Acampamento Terra Livre (ATL), evento realizado por um coletivo de organizações não-governamentais que reúne, há oito anos, milhares de indígenas em Brasília.

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