Exércitos do Ocidente estão ficando sem munições para dar à Ucrânia, alertaram na terça-feira (3) autoridades britânicas e da Otan, enquanto pedem que nações da aliança militar aumentem a produção para “manter a Ucrânia na luta contra os invasores russos”.

A notícia de uma possível escassez de munições surge após o dinheiro para comprar armas para a Ucrânia não ter sido incluído num projeto de lei provisório de gastos que o Congresso dos Estados Unidos aprovou no fim de semana para evitar uma paralisação do governo federal.

Novas incertezas sobre o futuro da ajuda dos EUA surgiram na terça-feira, quando o presidente da Câmara do país, Kevin McCarthy, que defendia o apoio à Ucrânia, foi destituído da sua posição de liderança por colegas republicanos.

Os acontecimentos são preocupantes para a Ucrânia, uma vez que a guerra com a Rússia está no seu 20º mês e levanta questões sobre se Moscou poderá sentir-se capaz de sobreviver às promessas de compromisso ocidentais.

“O fundo do barril é visível”, disse o almirante Rob Bauer, dos Países Baixos, presidente do Comitê Militar da Otan, sobre o volume de munições do Ocidente, durante discussão no Fórum de Segurança de Varsóvia, na Polônia.

“Damos sistemas de armas à Ucrânia, o que é ótimo, e munições, mas não de depósitos cheios. Começamos a distribuir [munições] de armazéns meio cheios ou com menos capacidade na Europa” e essas instalações estão ficando escassas, disse Bauer.

James Heappey, ministro de estado das forças armadas do Reino Unido, falando no mesmo painel, afirmou que embora os arsenais possam ser escassos, a ajuda a Kiev deve continuar e os países ocidentais precisam aumentar a sua capacidade de produzir mais munições.

“Temos que manter a Ucrânia na luta esta noite e amanhã e depois de amanhã e depois de amanhã”, disse Heappey. Isso significa “continuar a dar, dia após dia, e reconstruir os nossos próprios estoques”, acrescentou.

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