A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando as ações do exército de Israel na Faixa de Gaza, em meio ao conflito contra o Hamas, ao genocídio de judeus provocado pelo Holocausto nazista, foi considerada exagerada pela maioria da população brasileira.

Segundo pesquisa Genial/Quaest, realizada entre os dias 25 e 27 de janeiro, 60% dos eleitores do país acham que o mandatário passou do ponto na afirmação feita durante viagem internacional a Adis Abeba, capital da Etiópia, quase um mês atrás. Outros 28% avaliam que Lula não exagerou, enquanto 12% não responderam ao questionamento.

O levantamento mostrou forte resistência às falas entre o eleitorado evangélico (69%) e entre aqueles que dizem ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições para o comando do Palácio do Planalto em 2022.

Durante a viagem oficial à Etiópia, Lula disse não haver na história episódio como o conflito atual travado por Israel, exceto “quando o Hitler resolveu matar os judeus”. A fala ocorreu em um contexto de crítica do presidente brasileiro aos países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região. A declaração gerou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, que escalou nos dias subsequentes.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Lula “cruzou uma linha vermelha” e que a declaração era “vergonhosa e grave”. “Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, disse.

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