O novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, tomou posse, nesta quinta-feira (19), como sucessor dos irmãos Fidel e Raúl Castro.

Raúl Castro abraçou e levantou o braço de seu escolhido. Miguel Díaz-Canel era candidato único do Partido Comunista e foi confirmado, nesta quinta-feira (19), pelo voto indireto da Assembleia Nacional, composta exclusivamente por integrantes do partido. Teve 603 dos 604 votos.

E assim a família Castro, depois de 59 anos comandando Cuba, começa a passar o bastão. Raúl Castro vai continuar liderando as Forças Armadas e sendo o chefe do Partido Comunista, a posição de maior poder no país.

A imagem de Díaz-Canel foi construída nos últimos anos como um político progressista, aquele que anda de bicicleta, usa bermuda, e apoiou um centro cultural voltado ao público LGBT, que foi alvo de protestos, mas que passou toda a vida pública defendendo os princípios da revolução.

No discurso de posse, Díaz-Canel prometeu fidelidade e continuidade: “Eu reafirmo que a política externa cubana permanecerá intacta e que ninguém vai enfraquecer a revolução. As mudanças que são necessárias continuarão a ser decididas de forma soberana pelo povo cubano”.

A ditadura cubana suprime a liberdade de expressão e muitas vezes, prende críticos do governo. Reações contrárias ao regime são, naturalmente, difíceis de serem captadas. Nesta quinta, agências internacionais registraram mensagens de apoio ao novo presidente.

Margarita Machiran disse que foi uma boa escolha: “Ele é jovem, inovador e com uma perspectiva diferente”. “Para mim, desde que seja para o bem do país e do povo, tanto faz o nome”, disse Edel Fernandez.

Miguel Díaz-Canel é visto por Raúl Castro como um funcionário fiel ao Partido Comunista. Por isso foi escolhido a dedo para ser o sucessor. No discurso, o último Castro enfatizou que a escolha se deu depois de um longo processo.

Raúl Castro disse que nada foi feito de improviso e que, ao longo dos anos, Díaz-Canel tem mostrado maturidade, capacidade de trabalho, solidez ideológica, fidelidade política e compromisso com a revolução.

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